Foto por James Bareham
A SAGA DO SOUNDCLOUD CONTINUA.
Que o soundcloud vai “mal das pernas” não é nenhuma novidade já há anos, quando começou a irritar muitos usuários, inclusive assinantes do site, ao deletar não só seus bootlegs e sets como suas contas também, e sem direito a reclamação. Desde então o site já perdeu milhões de usuários e passou por quase falência além de notícias e especulações das mais diversas sobre seu fim e/ou compra por outras empresas como Spotify e Deezer.
O Spotify disse no final de 2016 que havia desistido da compra pois temia gerar um efeito negativo na marca, já que pretendia em 2017 tornar a companhia pública e qualquer arranhão em sua imagem poderia fazer com que seu valor de mercado diminuísse, o Deezer disse que tinha dinheiro e interesse em comprar, mas que o faria “apenas pelo valor certo”.
O site tentou também emplacar um serviço de streaming pago que não deu certo, Soundcloud Go, inclusive com um recurso interessante para os geradores de conteúdo, gravadoras e distribuidoras que também já foi descontinuado, a possibilidade de se ter na capa do canal links para outros canais em destaque, esse recurso quem tem, tem, quem não tem, não pode ter mais.
O fato é que até hoje ninguém sabe ao certo o destino do soundcloud, a não ser que ele continua ladeira abaixo, com cada vez menos usuários e por consequência um alcance cada vez menor, além de algumas distribuidoras o acusarem de calote ou nem mesmo trabalharem mais com o site por conta do péssimo serviço prestado.
E a empresa simplesmente não dá nenhum sinal de melhora ou previsão de melhora nesses serviços, pelo contrário, dificultam cada vez mais o trabalho dos geradores de conteúdo e profissionais de marketing digital com políticas anti-spams cada vez mais restritivas, de forma que, se já não bastasse o alcance e engajamento cada vez menor na plataforma, nesse ano por exemplo excluíram diversos canais de várias redes de repost sob acusação de fazerem spam. Estes eram canais usados exclusivamente pra reposts, uma das poucas e boas inovações do site diga-se de passagem, mas um recurso que foi muito prejudicado por conta das alterações em suas próprias políticas, eles realmente parecem que querem cada vez menos pessoas como clientes…
O destino dessa importante ferramenta usada durante já tanto tempo pela industria da música, principalmente música eletrônica, parece ainda incerto, mas seguimos na torcida pra que seus executivos finalmente consigam entender os anseios do mercado e usuários do site, ou que pelo menos uma empresa que entenda o compre logo de vez!
