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Moda, cinema, música e muita inquietação: Mochakk além do hype
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Moda, cinema, música e muita inquietação: Mochakk além do hype

O ARTISTA CONTA UM POUCO DA SUA HISTÓRIA E PLANOS PARA O FUTURO

Por Leonardo Nascimento – Eletrovibez

Ainda que as luzes do palco principal tenham se voltado contra ele neste momento, sua história não começou aqui. Nós vimos de perto o jovem sonhador criar seu caminho até o estrelato e temos muito orgulho em agora reportar essa jornada de absoluto sucesso.

Existem instruções fundamentais que você deve seguir antes de começar a leitura deste texto. Esqueça padrões. Delete costumes. Ignore tradições. Não busque pelo óbvio.

Ele não é mais do mesmo. Jovem, ousado, talentoso, criativo, abusado, diferente e destemido: alguns breves, e ainda insuficientes, adjetivos que dão um pouco da diretriz sobre quem é, como pensa, o que projeta, o que sonha e o que busca fazer Mochakk, a estrela desta revista.

Pense em uma figura que poderia aparentar Cazuza ou mesmo um vlogger da MTV dos anos 90, além de estabelecer, com folgas, uma referência jovem de como se vestir, indo de regatas brancas com colares de prata até looks complexos e fashionistas que misturam o high end com o pouco protocolo do estilo contemporâneo. Tudo isso, atrás de uma CDJ, com um bigode noventista e skill moves enquanto toca um mix do que existe de bom no House.

Isso tudo é Mochakk. Não sabemos se ele se vê exatamente assim, mas nós, principalmente o time que produz essa revista, vemos. E talvez seja essa mescla da gentileza e simpatia do ainda menino Pedro com a vibe dominante, disruptiva e envolvente do artista que passou a ser nome principal por qualquer palco onde pise – e ainda falaremos muito sobre cada um deles – a receita desse sucesso explosivo e sem precedentes locais.

Pedro tem sorriso fácil, tom de voz receptivo e não consegue (nem tenta!) esconder a empolgação com o momento memorável pelo qual passa.

Sentado ao lado de seu amigo, e agora manager, num fim de noite qualquer, recebeu o time da Eletro Vibez para um papo – e que nada tem a ver com entrevistas padrão. Durante pouco mais de uma hora, falamos sobre tudo e ainda sobrou tempo para música, o menor dos temas. O resultado disso você começa a acompanhar nas próximas páginas!

Caso você ainda não saiba, e nós queremos que você passe a saber, Mochakk tem passagem pelas maiores e melhores praças disponíveis para um DJ se apresentar. Recentemente, como ilustração, passou por Circoloco, BOMA, Só Track Boa, Magik Garden, Ame, Brunch in the Park, Space Miami, Exit Festival e a lista poderia seguir por parágrafos e mais parágrafos, mas já é uma amostragem grande o suficiente.

20 e poucos anos, 1 milhão de seguidores apenas no Instagram, sucesso e um futuro sem limite. O que poderia atrapalhar? Pedro não hesita em lembrar da família e da saudade de todos os dias.

“Você vê menos a família quando o rolê fica desse tamanho, a saudade aperta, sim, muitas vezes, principalmente da parte da família que a gente já não via todo dia, ainda mais porque eu moro em São Paulo e eles todos moram no interior. Vejo mais meu pai, a gente tenta sempre achar uma janela antes da turnê para ele vir até São Paulo e a gente passar o dia juntos. Rola um apoio animal por parte dele, meu pai talvez seja meu maior fã!”

E não pense que esse cenário intimida Pedro. Alma livre e sempre em busca de novidades, seus planos vão além da música e longe de qualquer tipo de rótulo.

“Daqui há 10 anos me enxergo produzindo muito mais do que só música eletrônica e muito mais do que só música também. Me enxergo criando e me enxergo criando aqui no Brasil, meu espírito mora aqui, eu quero viver aqui pra sempre!”

Qual é o palco que ainda te falta pisar pra falar: “zerei o game”. Com qual artista que você sonha em colaborar?

Mochakk: Pô, muitos e isso não tem nem a ver com o tamanho do evento, tem mais a ver com eu achar o evento maneiro e ter vontade de tocar lá. Tem um monte de eventos aqui no Brasil ainda que eu tenho MUITA vontade de me apresentar e com certeza muita coisa fora, também! E como a cena é cíclica demais, acho que até os lugares onde já toquei tornam-se novos desafios com as reviravoltas sonoras que a gente vê, o game se renova, não dá pra zerar.

Artista pra colaborar também tem muitos, eu gosto de muita coisa, muitos gêneros, então é extremamente difícil escolher um, mas acho que tenho mais vontade de trabalhar com músicos do que com outros produtores!

Como você enxerga a questão dos álbuns na música eletrônica? Planeja algo? Tem algum que foi lançado no qual você se inspira?

Mochakk: Sou fã de álbuns em qualquer gênero musical, acho uma das formas mais interessantes de trabalhar um conceito ou misturar vários para criar uma obra que deixa um efeito, que comunica algo pro ouvinte. Tenho um álbum pronto e alguns em processo, acho que logo estarei num patamar de carreira onde eu consiga extrair o máximo e passar a mensagem pra mais gente com o lançamento de algum deles.

Acho que um exemplo na música eletrônica que me inspirou muito é o “Biomorph”, do Enrico Sangiuliano, que saiu pela Drumcode há uns anos. É uma puta obra de estudo, contemplação e reflexão sobre a existência em si, experimentando por varias linhas de Techno, PsyTrance, Progressive House, Breakbeat, Downtempo e até algumas influências mais underground de Dubstep e Trip Hop. Vale a pena conferir lendo o guia explicativo do álbum que tem no site – Biomorph.Drumcode.SE.

Falando sobre estética visual e sonora, conte pra gente referências e projetos que você queira ou esteja trabalhando!

Mochakk: Sobre estética visual, acho que minhas maiores referências são meus próprios amigos e as que a gente tem em comum. Eu e o Halfcab brisamos muito em garimpar coisas pra gente trazer pros projetos e temos ali um gosto parecidíssimo.

Coisas que remetem dentro da moda, por exemplo, a urbanidade mais clássica do SkateCore, do Punk, do Clubber, até o clubber mais moderno que é meio CyberGoth/TechWear, também um resgate de coisas mais antigas como o Grunge, a cultura e moda do Funk dos anos 70, sabe? Muita coisa! A MTV dos anos 2000, esse era o início da internet, o boom do skate nessa época, os cabelos, os realities…

Acho que o conteúdo do projeto é meio que baseado nessa mistura e no estilo de vida que a gente tem, seja em roupa, seja em conteúdo visual do projeto, é meio que um feeling de ter esse saco de referências e saber o que tirar de dentro do saco pra combinar e criar algo com a nossa cara, e essa noção se pega com tempo e com a prática.

Inspiração. Com carreira, estilo e status para transformar a forma de público e toda a cena verem música, Mochakk já é uma forma de viver e de fazer as coisas, afetando do fã ao cinegrafista, contagiando a todos com um jeito todo próprio e que causa verdadeiro fascínio.

Espere dele, além das já reconhecidas “Da Fonk” e o remix para “Rizzla“, novidades como “Sombrero Sam” e a “Respirando” e composições que podem ir para qualquer região da música, sem nenhum receio.

Mochakk é tudo aquilo que deseja ser.

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