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Estudo revela que escutar música eletrônica altera o estado de consciência do cérebro humano, sincronizando o corpo com as canções
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Estudo revela que escutar música eletrônica altera o estado de consciência do cérebro humano, sincronizando o corpo com as canções

PESQUISADORES DA ESPANHA REVELARAM O RESULTADO DO ESTUDO

Por Caio Pamponét – Playbpm

Seja ouvindo trance, techno, house ou outras vertentes, os fãs de música eletrônica conhecem bem a sensação de entrar num estado de euforia apenas escutando as batidas e melodias.

Tendo isso em vista, pesquisadores espanhóis estudaram esse fenômeno para entender como a Dance Music consegue influenciar nossas sensações mais íntimas.

Raquel Aparicio Terrés e seus colegas da Universidade de Barcelona realizaram um experimento com 19 voluntários com idades entre 18 e 22 anos, onde foram submetidos a ouvir seis trechos curtos de música eletrônica com frequências que variavam de 1,65 hertz (99 BPM) a 2,85 Hz (171 BPM).

Por meio de eletrodos conectados ao couro cabeludo dos participantes, os cientistas usaram a eletroencefalografia para analisar como os cérebros reagiam durante a experiência. O objetivo principal era verificar se o estado de consciência dos voluntários seria alterado, situação que ocorre com o uso de algumas drogas ou eventos traumáticos.

Para ter uma ideia melhor de como a música estava afetando o cérebro, os participantes responderam questionários acerca das sensações que os sons evocavam, e realizaram tarefas cognitivas para medir suas concentrações, percepções e tempos de reação – o resultado foi impressionante!

‘Entrainment’

O estudo observou que a atividade cerebral dos indivíduos estaria sincronizada com os ritmos que ouviam. Isto é, na biomusicologia, conhecido como ‘entrainment’ (ou arrastamento), uma experiência sensorial onde os ritmos biológicos, como batimentos cardíacos e ondas cerebrais, se sincronizam com a música.

Isso explica porquê quando escutamos músicas muito agitadas, nosso corpo acompanha o ritmo acelerando a frequência cardíaca, enquanto músicas mais suaves geram o efeito inverso. Esse fenômeno foi particularmente notado quando os participantes escutaram trechos na frequência de 1,65 Hz (99 BPM), onde relataram sentir “sensação de união/harmonia”.

Esse assunto sobre o impacto da música eletrônica no cérebro humano não é recente. Várias pesquisas e estudos já vem sendo realizados há anos e cada vez mais os resultados se mostram promissores. Alguns pacientes relatam que chegam a experiências psicológicas próximas a uma viagem psicodélica apenas escutando eletrônica.

Fenômenos fascinantes como esse na neurobiologia revelam potenciais benefícios para práticas terapêuticas e até mesmo espirituais, auxiliando na saúde mental dos indivíduos. A conclusão do estudo foi que, em breve, talvez possamos desenvolver terapias inovadoras para condições relacionais à consciência humana e no combate ao stress.

As batidas eletrônicas podem então, de fato, mudar nossa mente.

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