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Festas ilegais seguem sendo realizadas no País: O prenúncio de uma tragédia
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Festas ilegais seguem sendo realizadas no País: O prenúncio de uma tragédia

RIO DE JANEIRO TEVE EVENTO INCLUSIVE COM DJS DIVULGADOS QUE NÃO PARTICIPARAM

Desde o início da pandemia viemos noticiando raves ilegais, como as organizadas em Santa Catarina no final de semana retrasado, que terminou interrompida pela polícia militar e com o produtor preso, e a que aconteceria em São Paulo no dia 21 de março,  que também teve o organizador preso. No último final de semana foi a vez do Rio de Janeiro ter a sua rave ilegal com o sugestivo nome de “Clandestine Party”, mas esse evento simplesmente aconteceu sem maiores problemas ou qualquer tipo de interrupção da polícia, mesmo após denúncias.

Segundo o jornal O Dia, a Clandestine Party aconteceu em Campo Grande, na zona Oeste do Rio de Janeiro, na madrugada do último sábado (18) indo até a manhã de domingo (19), tendo tido um trabalho de divulgação cauteloso para evitar denúncias, com postagens sobre o evento em grupos privados no WhatsApp e no Instagram.

Moradores da região que receberam o flyer da ‘Clandestine Party’ teriam denunciado para o 1746, a central de atendimento da prefeitura, mas o evento, ainda assim, aconteceu sem a interferência do poder público.

Quem compareceu ao evento ainda fez postagens irônicas nas redes sociais. “Certo eu não estou, mas a festa foi boa para c…”, disse um jovem. “Fui flagrado em dobro: quebrando a quarentena e sendo ‘raveiro'”, brincou outro.

O evento repercutiu nas redes sociais, com muitas críticas e inclusive um dos DJs que estariam escalados para o evento tendo que explicar que, ao contrário do que dizia o flyer da festa, tinha sido convidado a tocar mas não havia aceitado.

Ainda segundo o jornal O Dia, o Disk Aglomeração (3460-1746), criado pela Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop), recebeu 2.691 chamados de aglomerações entre 31 de março e o último domingo. A Zona Oeste é campeã absoluta de denúncias: Campo Grande, Bangu e Realengo são os bairros com mais chamados. Centro, Santa Cruz, Copacabana, Taquara, Tijuca, Barra da Tijuca e Recreio dos Bandeirantes completam a lista de recordistas em aglomerações.

Em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, as festas também têm rolado normalmente. “Aqui em Comendador Soares, sempre nos finais de semana rola festa nas praças. O número de pessoas presente diminuiu, porém ainda ocorre as festas, com carro de som e tudo. No último domingo aconteceu, acredito, com umas 100 pessoas ou mais”, disse uma moradora.

Infelizmente, recebendo orientações e mensagens dúbias do poder público, onde uns dizem para ficar em casa em isolamento enquanto outros pregam e fazem o contrário disso, tudo indica que grande parte da população brasileira ainda não entendeu a gravidade desta pandemia e estamos diante de uma tragédia anunciada!

A cena eletrônica, que já sofre tantos estigmas da sociedade, definitivamente não precisa de pessoas como essas, organizadores e público, que não bastasse não terem o mínimo cuidado com suas próprias saúdes, ainda colocam em risco a saúde de todos os outros.

Para ajudar na denúncia de aglomerações e eventos ilegais no Rio de Janeiro, além do Disk Aglomeração, perfis foram criados no Instagram para expôr esses eventos. Entre eles estão o ‘Furando a Quarentena São Gonçalo’ (@furandoaquarentenasg), o ‘Vacilo Covid Ilha’ (@vacilocovidilha) e o ‘Furando a Quarentena Niterói’ (@furandoaquarentenaniteroi), cidade aliás esta, Niterói, com um dos maiores IDHs do País, e que recebe cerca de 10 denúncias de aglomerações por dia no Instagram.

ATUALIZAÇÃO 22/04

Na noite da última sexta feira (20), a polícia militar de Lages, em Santa Catarina, interrompeu uma rave que a imprensa local curiosamente chamou de “tutis-tutis”, com 250 pessoas, levando preso também um dos produtores.

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