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Future Rave: De David Guetta a Morten e Hardwell
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Future Rave: De David Guetta a Morten e Hardwell

O “NOVO” GÊNERO “ENTERROU” DE VEZ O EDM?

David Guetta declarou em 2014 a morte da EDM em parceria com Showtek e Beardyman na track ‘The Death of EDM’, onde o vocalista cantava sobre um novo som e dizia ao público para ir contar aos amigos. O estilo com influências de electro e techno obviamente não tinha o poder de decretar o fim de um gênero (que no caso da EDM, já estava decretado desde o seu “início”), mas serviu também de referência para se chegar ao Future Rave, gênero em que Guetta vem investindo ultimamente junto ao Morten, e que fez Hardwell decepcionar alguns fãs no seu retorno ao fazer um set todo com uma pegada mais próxima do estilo.

Antes de mais nada é importante explicar que EDM, ou Electronic Dance Music, foi um termo popularizado no final da década de 2000 que, em substituição à dance music, electronic music ou apenas e-music, pretendia representar qualquer sub-gênero dentro da música eletrônica. A sua popularização, porém, se deu junto à ascensão do big room, gênero que bebia das fontes do progressivo e electro, mas com roupagens mais comerciais, com drops e build-ups intensos e cheios de energia para fazer qualquer ouvido menos treinado automaticamente se empolgar.

Muito se passou a associar o big room ao edm, por ser na época o sub-gênero mais popular e que justamente se popularizou no mesmo tempo, e não foi só uma confusão feita pelo público, mas algo reproduzido pelos próprios criadores e produtores dos gêneros, como Guetta fez ao declarar o fim da EDM na música de 2014 (querendo se referir ao big room e gêneros mais pops da dance music).

O fato é que o big room foi criado com prazo de validade e propósitos puramente comerciais (assim como o complextro e outros também associados ao termo EDM) e David, um dos maiores, se não o maior nome da dance music mundial, vem tentando algo como o próprio Morten já declarou em entrevista, de “voltar às raízes”, deixando os sons mais comerciais de lado para dar lugar a algo mais conceitual, e aí que entra o future rave.

Mas não se engane, apesar do som ser de fato mais conceitual, com timbragem e arranjos mais sofisticados, o marketing em cima do “novo gênero” tem propósitos altamente comerciais e deve fazer o mesmo virar tendência mundial na e-music, já marcando presença por exemplo no set de volta do Hardwell. Alguns esperavam que o set fosse com clássicos da EDM mas tiveram que ouvir progressive, techno e electro, que com vocais comerciais e drops e build-ups como os do big room, basicamente são o que eles chamam de future rave agora.

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