Festival de carnaval no Paraná é interrompido por ação arbitrária da Polícia Militar
ATENDENDO SUPOSTAMENTE A UMA OCORRÊNCIA DE PERTURBAÇÃO DA ORDEM, POLICIAIS APREENDERAM SOM DO EVENTO
O festival, que acontece há 3 anos no Paraná, teve o terceiro dia de evento interrompido pelo que a produção classificou como um “ato arbitrário praticado pela polícia militar em serviço, que ao atenderem ocorrência de suposta perturbação de sossego, fizeram uso ostensivo de força para apreensão de equipamentos de som do referido evento”.
Sem nenhum tipo de mandato segundo os organizadores, a polícia militar de Francisco Beltrão invadiu o evento sob ameaças de passarem por cima da produção com os carros se fosse preciso, e ainda teriam feito uso de spray de pimenta em barracas, agindo de forma completamente truculenta, “vestidos de tático, bala de borracha, gás, escudo, posição e formação de guerra”, com quase 20 viaturas e cerca 60 policiais presentes no local onde haviam crianças, idosos, famílias e deficientes, apreendendo todo o sistema de som do Mainfloor, levado por um reboque, e abandonando então o evento sob gritos de protesto.
O festival teria toda a documentação precisa para seu acontecimento, tendo continuado a acontecer por mais dois dias como previsto, mas sem som na pista principal. O prefeito da cidade, que havia comparecido ao evento – que não tinha nenhum tipo de embargo para justificar a ação da polícia – declarou que não sabia da operação e que iria descobrir de onde partiu a ordem para tomar as devidas providências.
Os advogados da produção também já estão tomando as medidas judiciais cabíveis, e abaixo você pode conferir na integra as notas dos organizadores: