Alok faz performance com indígenas na cobertura da sede da ONU em NY para promover pauta ambiental
APRESENTAÇÃO OCORREU DURANTE A ASSEMBLEIA GERAL DAS NAÇÕES UNIDAS PARA MARCAR LANÇAMENTO DE PROGRAMA EM PARCERIA COM O PACTO GLOBAL, PLATAFORMA DA ONU QUE ESTIMULA EMPRESAS A ADOTAREM PRÁTICAS SOBRE CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL E CIDADANIA.
Por G1 – Fotos: Alex Carvalho/TV Globo
Ao lado de artistas indígenas, o DJ brasileiro Alok realizou uma apresentação nesta sexta-feira (16) no topo do edifício-sede da Organização das Nações Unidas (ONU) para promover a pauta ambiental e a cultura ancestral de povos originários do Brasil durante a 77ª Assembleia Geral.
A performance faz parte da programação que marca o lançamento do programa “O Futuro é Ancestral”, iniciativa do Instituto Alok, uma associação sem fins lucrativos criada pelo DJ e produtor musical, e do Pacto Global, plataforma da ONU que estimula empresas a adotarem práticas que promovam o crescimento sustentável e a cidadania; do qual a Globo é signatária.
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Um dos DJs mais requisitados da atualidade, acostumado a se apresentar para milhões de pessoas mundo afora, Alok se une aos indígenas numa união da música eletrônica com os sons da floresta.ver mais
O objetivo é discutir com empresas, instituições e especialistas como integrar a cultura dos povos indígenas nas soluções de combate à crise climática e de que forma a indústria do entretenimento pode entrar nesse processo, ajudando na promoção do crescimento sustentável e da cidadania.
Parceria com artistas indígenas
A performance do DJ teve a parceria com artistas indígenas como Mapu Huni Kuî, do povo Huni Kuĩ, no Acre, e Owerá MC, rapper do povo Guarani, em São Paulo. Além disso, um álbum com os artistas também será lançado por Alok no próximo ano, com todos os rendimentos destinados a eles.
“Desde que tive contato com a cultura dos povos originários, entendi a importância da preservação e disseminação de seus conhecimentos e de desconstruirmos conceitos, crenças e narrativas que contaminam a visão que adultos e jovens do meu país, e de todo o mundo, têm sobre os indígenas”, ressalta Alok.
Nesta sexta, na ONU, logo após um painel com especialistas, também foram discutidas propostas para a criação de um fundo de apoio à criação artística indígena, chamado de “Ancestrais do Futuro”.
“O que a gente fez com Alok foi gravar a nossa música para passar de geração em geração, porque um dia isso seria preciso para compartilhar com os homens que não têm conhecimento do que é a floresta”, diz Rasu Yawanawa, um dos líderes indígenas que participam da próxima produção de Alok.
Segundo o Pacto Global, a ideia é de que o fundo apoie a produção de projetos no cinema, música, games e na web protagonizados pelos próprios indígenas, além de programas baseados no uso de tecnologia para o bem-estar dos povos da floresta e na preservação da biodiversidade. A ação na ONU também é apoiada pelo Greenpeace.
“Trazer para o tema do clima uma abordagem sobre cultura e entretenimento é fundamental para conectar a pauta com novos e diferentes públicos e engajar muito mais gente no reconhecimento da importância da população indígena e seus conhecimentos ancestrais na preservação da biodiversidade”, acrescenta Otávio Toledo, diretor de Relações Institucionais do Pacto Global da ONU no Brasil.