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Donald Trump quer construir muro também no Burning Man
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Donald Trump quer construir muro também no Burning Man

ALÉM DA FRONTEIRA COM O MÉXICO, O PRESIDENTE NORTE AMERICANO TAMBÉM DEFENDE CONSTRUÇÃO DE MURO NO FESTIVAL DE NEVADA

O evento, que acontece originalmente no Estado de Nevada, Estados Unidos, e acontecerá no Brasil pela primeira vez, de 20 a 24 de Junho no Rio Grande do Norte, sofreu uma ofensiva da administração Trump, ameaçando a realização do evento original.

Segundo o site Play DJ, a filial de Nevada do Bureau of Land Management (BLM), que responde ao governo federal e é administradora do deserto de Black Rock, onde ocorre o evento desde 1990, teria enganado os organizadores do festival com um esquema “insustentável”, que foi enviado a eles depois de apresentarem seu pedido de uma nova licença de 10 anos para a realização do mesmo.

A Declaração de Impacto Ambiental de 372 páginas que analisa as potenciais “consequências ambientais, sociais e econômicas”, com solicitação de mudanças que abordam desde o acúmulo de lixo, a poluição do ar, até a segurança das aves migratórias e muito mais, teve como resposta do Burning Man, uma declaração dizendo que muitas dessas mudanças estão “em conflito direto com os princípios fundamentais da comunidade Burning Man e mudariam para sempre negativamente o destino do evento”.

Uma das solicitações consideradas absurdas pela produção e feitas pela BLM, é a construção de um muro de concreto de 10 milhas ao redor do perímetro da Cidade de Black Rock, que em teoria, reduziria o risco de entrada de veículos e melhoraria a segurança, definindo o espaço do evento e impedindo que o lixo saia do local com o vento.

A organização do Burning Man chamou esse muro de “logisticamente oneroso, ambientalmente irresponsável, desnecessariamente redundante e proibitivamente caro”. Além do fato de o perímetro do evento ser efetivamente estabelecido e mantido com uma barreira temporária e permeável – como uma cerca de lixo – o evento afirma que essas novas barreiras físicas resultariam em 10 milhas de dunas que precisariam ser remediadas, com maquinário pesado e seria menos eficaz na coleta de lixo que a cerca que é instalada todo ano.

A proposta inclui também a instalação de lixeiras ao longo da County Road 34, estrada que leva ao festival, e dentro do mesmo, o que iria de encontro a política do evento e da comunidade de “não deixar rastros”, que sempre encoraja os participantes a limparem todo o seu lixo, e traria então uma sensação de responsabilidade cívica diminuída para o festival.

Além disso, a proposta forçaria o Burning Man a pagar pela segurança privada e manutenção da estrada que leva ao festival, o que, com outras propostas recomendadas de “monitoramento” e “mitigação”, chegariam a um custo de quase 20 milhões de dólares por ano, aumentando o preço dos ingressos para o evento que recentemente eliminou os acampamentos de luxo.

A organização disse não conhecer nenhum outro caso nos EUA em que uma entidade privada é obrigada pelo governo a pagar a manutenção de uma rodovia pública e, nós também não conhecemos, nem nos Estados Unidos, nem em nenhum outro lugar do mundo onde de fato uma arbitrariedade dessas foi aplicada, algo impensável até mesmo para ditaduras dos Países mais subdesenvolvidos.

Realmente parecem ser exigências absurdas, feitas por um governo extremamente conservador e autoritário, que ignora a realidade dos fatos, e que com isso, normalmente ataca primeiro justamente a arte e cultura.

É bom que a organização do evento no Brasil, lembre-se que o atual governo brasileiro é alinhado com os mesmos ideais do governo norte americano, e que tome todas as medidas legais cabíveis para não sofrer tais desmandos, se é que isso serve de alguma coisa ante o autoritarismo dos governantes, sejam eles quais forem.

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