Grandes nomes mundiais aderem à campanha contra violência sexual lançada por DJ Rebekah
A CAMPANHA JÁ TEM A ADESÃO DE MISS KITTIN, ROGER SANCHEZ E PAN-POT
Na última semana, a DJ e produtora de techno Rebekah deu início à campanha Me Too #ForTheMusic, com um abaixo-assinado que já coletou quase 4 mil assinaturas até agora.
Motivada pelos recentes escândalos de violência sexual envolvendo nomes como Erick Morillo, que morreu em meio ao processo que respondia por estupro como falamos aqui, a campanha cobra atitudes da cena eletrônica contra o assédio, e já ganhou a adesão de outros grandes nomes como Miss Kittin, Roger Sanchez e PAN-POT, entre outros.
No post do Instagram, a DJ afirmou:
“Este é um dos posts mais difíceis de escrever. Depois de todos os relatos vindos de mulheres que foram abusadas sexualmente na indústria pelas mãos de homens poderosos, realmente me fizeram analisar a cena e como ela realmente é fodida. Fizemos vista grossa, ficamos em silêncio e deixamos as coisas continuarem como sempre foram por muito tempo.
Depois de decidir que gostaria de orientar as pessoas para ajudar a trazê-las para a indústria, tornou-se aparente que eu não seria capaz de fazer isso a menos que me levantasse e tentasse lutar para tornar a indústria um lugar mais seguro para todos. Como posso ser mentora de mulheres e membros da comunidade LGBQT ++, sabendo que eles enfrentarão sexismo, assédio e, na pior das hipóteses, agressão e estupro, e ficarão em silêncio sobre esse assunto.
Temos agora uma grande oportunidade de avaliar a que tipo de indústria queremos retornar quando ela se abrir novamente, que tipo de pessoas colocamos nessas posições poderosas e como podemos tornar os clubes, festivais e festas um lugar mais seguro.
Todos devemos ser responsáveis e falar abertamente sobre os agressores, permitir que as pessoas tenham o benefício da dúvida ao alegar abuso, já que muitos ficam em silêncio por medo de represália. Para realmente cuidarmos uns dos outros em nossos locais e festas.
Com isso, estou pedindo a você que leia e assine uma carta aberta no site change.org pedindo que a indústria se responsabilize por fazer mudanças, para cuidar de nossos mais vulneráveis, porque após 24 anos nesta indústria, vejo que fizemos pouco ou nenhum progresso no fim da cultura do silêncio.”