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Campanha pede repasse maior de sites de streaming aos artistas durante quarentena
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Campanha pede repasse maior de sites de streaming aos artistas durante quarentena

MÚSICOS BRITÂNICOS LANÇAM CAMPANHA POR AUMENTO DO REPASSE DE ROYALTIES DAS PLATAFORMAS DE STREAMING

A Musicians Union, comunidade com mais de 32 mil membros e a Ivors Academy, coletivo de artistas, ambos do Reino Unido, uniram forças para lançar uma nova campanha pedindo que artistas recebam maior porcentagem de royalties das plataformas de streaming como Deezer e Spotify durante a quarentena, chamada Keep Music Alive.

A indústria musical sofre um grande impacto econômico com os eventos cancelados, restando aos músicos – cujo o faturamento provém em sua maior parte de apresentações ao vivo – ficarem apenas com os royalties das suas músicas e rendimentos provenientes de transmissões ao vivo nesse período.

Os membros da União dos Músicos britânica relataram mais de 21 milhões de euros em perdas desde o início do lockdown no Reino Unido e, segundo a Mixmag, em comunicado a campanha Keep Music Alive afirmou que “Essa crise trouxe à tona o fato de que criadores e intérpretes sustentam-se principalmente com a parte ao vivo do music business e que os royalties de streaming são lamentavelmente insuficientes”.

Naomi Pohl, vice-secretária geral da Musicians Union, afirmou: “Os músicos não devem ser tão dependentes de sua renda com shows e ensino de música que, quando cai, eles são literalmente incapazes de pagar suas contas em semanas”.

Tom Gray, diretor de música do PRS For Music – Órgão de gestão dos direitos autorais britânico, como o ECAD no Brasil – publicou dados no mês passado que mostraram quantas transmissões são necessárias em cada grande plataforma para um artista ganhar o salário mínimo de uma hora no Reino Unido. No Youtube, por exemplo, que na lista consta como pior pagador de royalties, são necessários 7267 plays por hora. Tom chamou os números de “aterrorizantes”.

Já Graham Davies, CEO da Ivors Academy, declarou: “Este é um momento decisivo para a indústria da música. Para os criadores de música está claro que a indústria deve mudar. Os modelos atuais estão quebrados. É errado que algumas empresas gerem bilhões em streaming, enquanto milhares de criadores buscam apoio por dificuldades à medida que seus meios de subsistência se evaporam.”

A petição online Keep Music Alive pode ser assinada clicando aqui e, infelizmente, no Brasil não encontramos nenhuma iniciativa nesse sentido, mas esperamos que sirva de exemplo para que músicos, produtores musicais e compositores, cobrem também por aqui o pagamento de royalties mais justos às bilionárias plataformas de streaming.

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