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Sevenn acusa Alok de plágio em ao menos 14 faixas
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Sevenn acusa Alok de plágio em ao menos 14 faixas

O DUO TAMBÉM ALEGA SER CRIADOR DO BRAZILIAN BASS, E NÃO ALOK

Em entrevista à Billboard, a dupla de irmãos, DJs e produtores musicais Sean e Kevin Brauer, que formam o Sevenn, autores de vários hits da dance music junto ao maior nome nacional, Alok, acusaram o artista outrora parceiro de não creditar ou pagar royalties de pelo menos 14 faixas, incluindo o último lançamento de Alok, em parceria com Luis Fonsi e Juliette, “Un Ratito”.

A faixa foi lançada no último dia 14 de janeiro e já retirada do ar devido à reivindicação de direitos autorais feita pela dupla. Kevin compartilhou com a Billboard sua demo original onde canta e toca guitarra, além de mensagens de texto e voz com Alok sobre a música e links para pelo menos cinco outras versões que enviaram para Alok entre 2017 e 2018, mostrando que a música “Un Ratito” é na verdade a música escrita e produzida por Kevin, inicialmente chamada “Let’s Make Love (nanananana)”.

“A melodia, a bateria, a guitarra – quase tudo que você ouve foi algo que eu fiz. A produção é minha.”, afirmou Kevin que foi listado nos créditos apenas como um dos 14 compositores, e não como produtor. A faixa, segundo os Brauer, havia sido lançada sem autorização deles e segundo seu advogado, a demo original foi enviada para o presidente da Universal Brasil, Paulo Lima, há cerca de quatro anos, para ser lançada como uma collab de Alok, Sevenn e Luis Fonsi.

“Honestamente, é chocante que mais uma vez meu trabalho esteja sendo usado de forma injusta”, diz Kevin. “Parece outra traição. Este é um exemplo do que temos dito. Para os artistas jovens e futuros por aí, esperamos que isso sirva como um aviso para conhecer seus direitos e tratá-los como um negócio”.

A figura do “Ghost Producer” na música eletrônica é tão presente quanto polêmica, pois, se em uma banda ou formações e formas mais tradicionais da música, o produtor musical é de fato a figura por trás do “acabamento final” nas faixas e albums, na música eletrônica o produtor musical é geralmente também o artista que se apresenta tocando as faixas que produz.

O ghost na música eletrônica é o cara contratado por artistas famosos com muito trabalho e pouco tempo ou por iniciantes preguiçosos mas com dinheiro para gastar, porém, no caso de Alok e Sevenn, os produtores fantasmas nada teriam recebido, nem os devidos direitos autorais ou qualquer pagamento por suas produções. As músicas sem os créditos ou royalties incluem “All I Want” de Alok e Liu; “Fuego” com seu irmão Bhaskar; e “Favela”, de Alok com Ina Wroldsen.

Reproduzimos abaixo parte da entrevista à Billboard que você pode conferir completa aqui. Os 3 artistas continuam se pronunciando em suas redes sociais sobre os ocorridos, e na entrevista Kevin e Sean contaram como foi a infância em seita religiosa no Rio, o descobrimento das raves e a paixão pela música eletrônica na adolescência, a posterior parceria com Alok que chamam de “relacionamento unilateral e comercialmente abusivo”, e ainda afirmaram que foram de fato os criadores do brazilian bass e sua linha de baixo característica.

“Tal como acontece com muitos jovens artistas que não entendem a importância de contratos e advogados – e a necessidade de pedir crédito e compensação – os irmãos Brauer esperavam alavancar sua associação com uma estrela em ascensão para um futuro melhor. Eles hesitaram em defender a si mesmos e, a certa altura, até rejeitaram a oferta de Alok de pagá-los pelo trabalho em duas músicas produzidas por fantasmas e dar-lhes royalties em uma terceira. Inicialmente, eles dizem que não entendiam completamente os royalties e achavam que estavam “recebendo uma parte justa em termos de oportunidades e parcerias”.

A família Brauer forneceu evidências à Billboard para apoiar suas alegações, incluindo e-mails e trocas de WhatsApp com Alok por mais de seis anos – bem como gravações de áudio de Alok discutindo pedidos de produção, faixas finalizadas e o contrato de gerenciamento de Sevenn com a Artist Factory, com sede em São Paulo.

Esses materiais mostram como Alok se apoiou fortemente nos Brauers para manter sua nova música fluindo ao se tornar o DJ de dance music mais conhecido a surgir da América Latina, com 19 milhões de ouvintes mensais no Spotify, bem como um influenciador de mídia social com 26 milhões de seguidores no Instagram que normalmente ganham mais de $10.000 por postagem paga, de acordo com seu ex-gerente.

Em resposta a repetidos pedidos de comentários, a equipe de gerenciamento de Alok enviou um e-mail se recusando a abordar questões específicas, mas alegando que “ao criar uma narrativa falsa” Kevin e Sean estavam “tentando se retratar como vítimas e litigar suas disputas com Alok na imprensa. , bem como o tribunal da opinião pública. Alok não tem intenção de morder a isca.”

A resposta observa que Alok tem “um processo em andamento contra Sevenn no Brasil decorrente da falha de Sevenn em creditar e pagar Alok por vários lançamentos de discos de Sevenn”. (O processo, que a Billboard revisou, foi um dos dois movidos pela equipe de Alok este mês e ocorreu mais de oito semanas depois que a Billboard pediu comentários. Este foi preenchido em 12 de janeiro com foco em 5 faixas, incluindo “BOOM” com Tiësto.)”

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